A Secretaria da Mulher constitui este importante aparelho municipal destinado a manter a atenção aos direitos das mulheres e combater qualquer forma de violência contra elas
A Casa da Mulher Trizidelense começou como um departamento dentro da gestão municipal e só foi se expandindo, ganhando maturidade para cuidar de assuntos preocupantes e delicados. O departamento virou a Secretaria da Mulher, que tem em seu comando Dina Selma. Depois, a estrutura ganhou a Casa da Mulher, ampliando e fortalecendo as políticas públicas de combate à violência contra a mulher.
Este serviço de atenção à mulher vítima de violência em Trizidela do Vale é, atualmente, desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, contando com assessoria jurídica, assessoria social, advogada, psicóloga e outros funcionários. Somado a tudo isto, existe a atuação de um conjunto de órgãos como a Guarda Municipal, Polícia Civil, Assistência Social, Conselho Tutelar Conselho de Direitos da Mulher, Defensoria Pública, Ministério Público, Procuradoria da Mulher e Poder Judiciário. "A mulher hoje precisa de suporte e equipe preparada para atender. Temos amor e carinho por todas nossas mulheres. Nosso gestor, Dr. Deibson, sempre deixou claro: vamos cuidar das nossas mulheres seja onde elas estiverem", afirma a secretaria da Mulher, Dina Selma.
O atendimento especial e com competência se inicia na recepção, com o acolhimento da mulher vítima de violência e total apoio da Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar. É a hora de saber se ela está sendo perseguida pelo agressor. Bruna Sousa, que atua na recepção e com as mídias sociais, revela que as vítimas chegam com psicológico abalado, sem orientação jurídica, mas têm à disposição profissionais que as ajudam a se reerguer.
"As mulheres vêm com o emocional transtornado devido às violências dentro do seu lar. E aqui nós preparamos as mulheres, oferecemos curso para que elas possam sair do ciclo de violência e se manter financeiramente. Nossas mulheres têm essa mentalidade de que o homem tem que ser o progenitor dentro de casa", destaca Bruna Sousa. Entre os cursos disponibilizados a estas mulheres em estado de vulnerabilidade, estão sobrancelha, depilação, crochê e outros.
O processo de acolhimento tem momentos distintos, começando pela recepção, depois atendimento com a advogada, passando pelo atendimento psicológico até chegar à sala da Secretária. "Temos que estar preparados para recebê-la com todo carinho, com todo suporte possível para que essa mulher saia daqui com todo entendimento e atendimento que ela merece", completa Bruna, que também trabalha com a divulgação, nas redes sociais da instituição, sobre a legislação e os benefícios voltados às mulheres.
Com uma longa caminhada no combate à violência contra a mulher no município, Ivone Silva, advogada da Secretaria da Mulher, ressalta que não é fácil para a mulher denunciar o agressor. "Ela é muito criticada, é julgada, porque ela acaba retornando para o agressor. A Lei Maria da Penha disciplina muito a legislação, a pena, toda a conduta do agressor, mas o sentimento é algo que não dá para alcançar. Por isso, muitas mulheres retornam ao ambiente e acabam sofrendo violência novamente. Mas, tivemos diversos casos acompanhados pela Secretaria da Mulher, onde as mulheres romperam o ciclo da violência, passaram a viver de forma livre e agradecendo todo esse nosso trabalho", conta.
Dessa forma, do cafezinho ao serviço mais burocrático, todas as funcionárias que ali atuam vestem a camisa da sororidade, lutando sempre pelo bem-estar da mulher trizidelense e dando força para o empoderamento daquelas que mais precisam. "Nosso trabalho é de formiguinha, é todo dia, tem dias bem intensos, mas estamos aqui com esse papel de motivar sempre nossas mulheres para que elas possam romper com o ciclo da violência", pontua Joelma, que trabalha no setor administrativo da Casa da Mulher de Trizidela do Vale.